Uma empresa de arquitetura de sucesso não se mantém apenas com projetos incríveis. Para se ter um negócio saudável e sustentável, é fundamental ter uma boa gestão e conhecimento dos princípios básicos de contabilidade para arquitetos e escritórios de arquitetura.
Com um planejamento contábil bem-feito, é possível economizar com impostos, atuar na absoluta regularidade, garantir o controle financeiro da empresa e ainda ter indicadores que ajudam na tomada de decisão, permitindo à empresa crescer ainda mais.
O assunto lhe parece muito burocrático? Confira as dicas de contabilidade para arquitetos que preparamos para você!
Saia da informalidade
Sabemos que abrir uma empresa no Brasil é um processo bastante burocrático. Isso acaba levando muitos profissionais a atuarem na informalidade, decisão, no entanto, que além de não ser a mais correta, também não é a mais econômica.
Ter um negócio formalizado mostra profissionalismo e dá mais credibilidade. Além disso, como pessoa física, você paga mais impostos do que como pessoa jurídica. Por fim, lembre-se de que muitos clientes só trabalham com a emissão de notas fiscais, o que também é importante para evitar problemas como sonegação de impostos ou multas.
Defina o tipo de empresa ideal para o negócio
Primeiramente, saiba que a sua empresa não pode ser MEI! Profissões regulamentadas não são enquadradas neste tipo de regime. Existem exceções, mas não é o caso dos profissionais de arquitetura.
Assim, você pode optar por três alternativas:
Empresário Individual
Não é o mesmo que MEI. Aqui são permitidas outras atividades, no entanto, o faturamento anual máximo é de R$ 360 mil. Trata-se de empresa com somente um sócio e com responsabilidade ilimitada.
EIRELI
Sigla para Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, sendo também formada por um único sócio, que integraliza todo o capital.
A vantagem deste regime é a responsabilidade limitada. Ou seja, apenas o valor do capital social da empresa pode ser usado para o pagamento de dívidas, o que blinda o patrimônio do empresário.
No entanto, para abrir uma EIRELI, é preciso registrar que a empresa tem patrimônio de pelo menos 100 salários mínimos de capital social.
Sociedade Limitada
Trata-se do famoso LTDA., sendo o modelo mais comum e conhecido. É uma empresa com mais de um sócio, em que a responsabilidade de cada um é correspondente às cotas do capital social da empresa.
Conheça os regimes tributários
O regime tributário é definido de acordo com o faturamento da empresa. No Brasil, hoje é possível optar entre três possibilidades:
Simples Nacional
Possibilidade de tributação mais simples e fácil de ser administrada, o Simples Nacional apresenta alíquotas mais baixas e carga tributária reduzida. Podem se enquadrar neste regime as empresas com receita anual máxima de R$ 3,6 milhões.
Lucro Real
Como dito pelo nome, neste regime o cálculo de impostos é baseado no lucro realmente obtido pela empresa.
Exige uma estrutura contábil mais eficiente, sendo indicado para escritórios de grande porte.
Lucro Presumido
É baseado na receita da empresa, com alíquotas variáveis. Por ser um regime mais fácil de apurar, é indicado para empresas um pouco menores. O limite da receita bruta no Lucro Presumido é de R$ 78 milhões.
No entanto, antes de escolher o regime ideal, é importante analisar o mais indicado para o negócio. Apesar de, à primeira vista, o Simples Nacional parecer mais interessante, nem sempre é o mais vantajoso, visto que, dependendo de sua receita, é possível ter abatimento em impostos e outras vantagens cumulativas.
Por isso, a ajuda e a orientação de um contador é bastante importante nesse processo.
Cuide da gestão financeira do negócio
Tenha controle dos recebimentos e pagamentos realizados na empresa. Fazer a gestão eficiente do fluxo de caixa é fundamental para manter as finanças em dia e ajudar na definição de estratégias de crescimento.